health

business

vehicles

technology

Featured Posts

Ladrão poupa professor de assalto porque fica com pena


Sexta-feira, perto das 10 horas da noite, conversava com alguns amigos no Facebook quando li uma mensagem de um conhecido, que acredito valer a pena comentá-la aqui, pelo inusitado. Ele escreveu: “Acabo de escapar de um assalto, no Centro de Florianópolis. E só escapei porque resolvi dizer que era professor! Abri minha carteira e só tinha R$ 6. Quando mostrei o dinheiro ele me perguntou o que eu fazia da vida. Eu falei, ele fechou a jaqueta, guardou a arma e saiu andando. Disse que se eu gritasse iria me meter uma bala. Mas que era melhor eu não gritar, porque ele não gostaria de matar nenhum pobre, virou a esquina e sumiu.”

Ele ainda estava bastante abalado com o que tinha acontecido (e com toda a razão). Passou as informações sobre o assaltante para a polícia pelo fone 190 e foi para casa. “Em pleno Centro da cidade, cheio de câmeras, de gente… O cara não teve o menor pudor em sacar uma arma e mirar no meu peito! Estou chocado!”, escreveu no post. Realmente, andar à noite pelas ruas do Centro _ e de vários bairros, de várias cidades _ é uma temeridade. Mesmo neste horário (perto das 10 da noite, quando muita gente está saindo da aula), os ladrões atacam sem nenhuma cerimônia.

Mas o que me deixou chocada, mesmo, foi o assaltante desistir de seu intento quando soube que a vítima era professor, e o mandou embora quietinho porque não queria “matar um pobre”. Que classe mais desvalorizada, meu Deus, até bandido tem pena! Com certeza, assaltante ganha muito mais do que um professor que fica anos se preparando para entrar numa sala de aula e depois, na maioria das vezes, não recebe uma justa remuneração pelo seu trabalho. O ladrão desdenhou dos R$ 6 reais que a vítima tinha, porque, com certeza, trocadinhos não lhe fazem falta. Ou achou que o cara estava numa “pindaíba” ainda maior e foi generoso. Sabe-se lá o que ele pensou, mas o meu conhecido com certeza nunca gostou tanto de ser pobre e de ter tão pouco dinheiro na carteira.

Blogs VIVI BEVILACQUA/Foto: Reprodução