Antes da Copa do Mundo, Felipão repete ritual do penta de 2002
O técnico Luiz Felipe Scolari vem repetindo à risca o ritual que realizou antes da conquista do penta, em 2002, na Copa da Coreia do Sul e Japão. Seja para atender aos amigos ou por convicções próprias - marcadas pela fé ou pela superstição -, Felipão pisa nas próprias pegadas de 12 anos atrás.
"Ele estava muito mais sereno do que em 2002. Estava calmo e tranquilo, nem parecia estar tão pressionado", afirma o padre Constant Pasa, o primeiro a falar com Felipão quando ele chegou ao santuário.
Depois de proferir uma palestra na Universidade São Judas sobre a preparação psicológica dos atletas - tudo igualzinho ao ano em que levantou o título no Mundial da Coreia e do Japão -, ele voltou a um santuário no Rio Grande do Sul.
Em 2002, ele visitou o local quando fez uma promessa para a conquista do penta. Como fazem inúmeros moradores da região Sul, Felipão prometera fazer a pé o trajeto entre sua cidade natal - no caso, Caxias do Sul - até o movimentado santuário, distante cerca de 30 quilômetros, em Farroupilha.
Depois de levantar a taça, o treinador cumpriu a promessa. Neste ano, a promessa - se foi feita - ficou em particular, mas o padre afirma que Felipão voltará à igreja após a Copa. Tudo indica, portanto, que a promessa foi refeita. "Ele prometeu voltar independentemente do resultado. Espero que retorne com a taça", disse o padre.
Felipão não vai a Farroupilha apenas em época de Copa do Mundo. Ele foi à igreja após conquistar os títulos da Copa do Brasil de 1991, pelo Criciúma, e da Libertadores de 1999, pelo Palmeiras.
Felipão não costuma falar de seus costumes e superstições no futebol. Mas ele não abre mão de caminhadas matinais ao lado de seu escudeiro Flávio Murtosa quando está a serviço de um clube ou da seleção. Garante que é uma forma de arejar a mente e aliviar a tensão.
Diz ainda que não costuma perder o sono quando tem de convocar a seleção. "Durmo muito bem todos os dias. Às vezes durmo até demais e dona Olga reclama".
Folha UOL